O IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - divulgou as estimativas das populações residentes nos 5.570 municípios brasileiros, com data de referência em 1º de julho de 2018. Estima-se que o Brasil tenha 208,5 milhões de habitantes e uma taxa de crescimento populacional de 0,82% entre 2017 e 2018, de acordo com a Projeção da População.
O dado curioso da estimativa é que Fernandópolis está crescendo menos que a cidade de Ouroeste. Enquanto em um ano, nossa cidade aumentou a população em 153 habitantes, passando de 68.670 para 68.823 habitantes, com taxa de crescimento de 0,22%, Ouroeste, cidade da comarca, apresentou uma taxa maior (2,83%) acrescentando mais 280 habitantes. A disparidade de crescimento é maior, quando a estimativa 2018 é comparada com o Censo de 2010. Fernandópolis cresceu demograficamente 6,3% e Ouroeste 21%. Aliás, Ouroeste não superou apenas Fernandópolis, mas no ranking regional é a cidade que mais cresce saindo de 8.405 habitantes para 10.117. Rio Preto é a segunda do ranking com taxa de crescimento de 11,7% (mais 48 mil habitantes), equivalente a uma Jales no período. Votuporanga avançou 10,6% (média de 1.000 habitantes por ano).
Desde a divulgação do Censo em 2010, Fernandópolis contesta os números. O atual prefeito André Pessuto (DEM) chegou a ir ao Rio de Janeiro questionar os números e pedir recontagem da população. Saiu de lá com a informação de que essa atualização só ocorrerá em 2020, data de novo censo demográfico. Até lá o IBGE continuará divulgando anualmente a estimativa.
Essa estimativa leva em conta uma série de fatores: “As populações dos municípios foram estimadas por um procedimento matemático e são o resultado da distribuição das populações dos estados, projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos munícipios. O método baseia-se na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos Censos Demográficos (2000 e 2010)”, explica o Instituto.
Um dos fatores para estimativa da população de uma cidade é o saldo da migração, um problema para Fernandópolis apontado em estudo da Fundação Seade. Em nota ao jornal CIDADÃO, Bernadette Waldvogel, gerente de Indicadores e Estudos Populacionais da Fundação Seade apontou que “apesar do município não se distanciar dos níveis de fecundidade e de mortalidade do conjunto da população paulista, a sua taxa líquida de migração foi negativa na década de 2000 (-0,02 migrante por 1000 habitantes).
O fator que move o prefeito nesta cruzada tem a ver com os repasses de ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – e o FPM – Fundo de Participação dos Municípios – que utilizam o critério população para definir o montante do repasse como diz nota técnica do IBGE.