Após queda em 2016, mortes no trânsito voltam a subir na cidade

20 de Agosto de 2025

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Após queda em 2016, mortes no trânsito voltam a subir na cidade

Em 2015, Fernandópolis registrou durante todo o ano, 17 mortes no trânsito o que levou o governo do Estado a incluí-la entre as 10 cidades prioritárias para receber investimento em ações visando reduzir a estatística. O resultado foi rápido. Em 2016, o total de mortes em acidentes de trânsito na cidade caiu 64%. Todavia, nos primeiros cinco meses deste ano, o número de mortes no trânsito é quase o mesmo do registrado durante todo o ano passado. 

Os dados são do Infosiga, levantamento feito pelo governo do Estado de São Paulo com base em registros policiais que contabiliza a quantidade de óbitos em ruas, avenidas, estradas e rodovias. 
Os boletins de ocorrência policial são analisados pela equipe do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito, selecionando apenas os que foram identificados como sendo relativos a acidentes de trânsito. Em seguida são tabulados e, como resultado, são obtidas as variáveis contidas nos relatórios do Infosiga SP. A atualização e divulgação é feita mensalmente.
De acordo com o Mapa de Acidentes, em Fernandópolis foram registradas este ano cinco mortes no município, incluindo acidentes na área urbana e rodovias. Na área urbana foram 4, um em janeiro, em uma estrada rural envolvendo uma mulher com moto; um em março (atropelamento de ciclista), dois em abril (acidente com moto e atropelamento de pedestre). As vítimas, três homens de diferentes faixas etárias (55-59, 35-39, 65-69) e uma mulher na faixa etária 30-34.
No mesmo período, foram registradas no trânsito de Fernandópolis 155 acidentes com registro de lesões corporais. Motociclistas são as maiores vítimas. 
Com a inclusão de Fernandópolis entre as 10 cidades com prioridade de investimento no trânsito, a rede de semáforos foi ampliada e novos investimentos estão previstos para este ano. Os novos semáforos, determinados pelo Detran/SP foram instalados em locais que registraram acidentes com mortes. Pelo menos três semáforos estão sendo avaliados e podem ter a localização alterada, informou o secretário de Trânsito, Ederson José da Silva. “Isso demanda estudo e aprovação pelo Detran. Não é simplesmente chegar lá e retirar o semáforo de um lugar e levar para outro”, explicou. 
O mesmo procedimento já está sendo adotado com relação a implantação de lombo-faixas. Neste caso, os estudos foram concluídos e aprovados e já está definido os novos locais: defronte o AME e na Rua Porto Alegre, em frente o Terminal Rodoviário de Passageiros. A execução da obra depende de licitação. 
REGIÃO
De janeiro de 2015 a maio deste ano, a região de Rio Preto registrou 1.012 mortes no trânsito - média de mais de uma morte por dia. Só neste ano, foram 168 óbitos  A maioria das vítimas é homem e jovem. Os registros envolvem pedestres, ciclistas e condutores de carro, moto, ônibus e caminhões. 

Projeto de segurança no trânsito envolve pedestres e motoristas

Mais de 55 mil veículos circulam todos os dias pelas ruas de Fernandópolis. Pedestres e motoristas se cruzam o tempo todo e a partir daí surgem os conflitos. Quando o assunto é trânsito, há muitos aspectos importantes e um deles é a faixa de pedestres. Pensando em garantir uma maior segurança a toda população, a Secretaria Municipal de Trânsito, em parceria com o Tiro de Guerra, iniciou um trabalho de conscientização na área central da cidade.
O projeto consiste na orientação e auxílio na travessia das faixas de pedestres, através do uso do apito e sinalização de mão em cruzamentos onde não existe sistema semafórico. Durante a ação, que acontece a cada quinze dias, a equipe também faz a distribuição de panfletos educativos, com objetivo de despertar a atenção dos condutores para que respeitem a travessia de pedestres.
Para o secretário municipal de Trânsito, Ederson José da Silva, o projeto tem significativa importância. “Somente através da educação no trânsito vamos conseguir chegar a uma cultura de respeito e mobilidade urbana em nossa cidade, levando a um trânsito mais seguro para nossas crianças e idosos, faixas etárias que têm maior dificuldade em atravessar as ruas”, explanou.