O promotor de justiça Daniel Azadinho Palmezan abriu um procedimento investigatório criminal para apurar e responsabilizar criminalmente, se for o caso, os vereadores Rogério Pereira da Silva, Chamel, Francisco Arouca Poço, Chico Arouca, e Gustavo Pinato, pelo crime de coação no curso da CPI da Merenda.
Daniel Azadinho também é o autor da ação civil pública que resultou no afastamento dos mesmos vereadores do cargo, por supostas irregularidades cometidas na apuração de denúncias de superfaturamento na aquisição de produtos para a merenda escolar de Fernandópolis.
Porém, ao contrário da ação que corre na esfera cível, onde se condenados podem, no máximo, serem cassados, perderem os direitos políticos e pagarem multa de até 100 vezes suas últimas remunerações, na esfera criminal, podem ser condenados a até quatro anos de prisão.
O procedimento criminal foi instaurado com base em gravações onde Chamel aparece ameaçando testemunhas que iriam depor na CPI da Merenda para que, segundo a promotoria, eles depusessem contra a prefeita Ana Bim.
Os vereadores negam as acusações. O procedimento ainda apura a conduta do jornalista Luciano Donadelli, que também teria coagido e ameaçado testemunhas. Ele também nega ter praticado tal crime.