Devolvendo a festa ao povo

20 de Agosto de 2025

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Devolvendo a festa ao povo

Aos 27 anos de idade, o empresário Renato Colombano entra para a história da Expo como o presidente mais novo até o momento. Após ter conquistado mais de 600 votos nas eleições municipais para vereador e ter ficado de fora, o jovem político enxergou no comando da festa uma oportunidade para mostrar aos moradores da cidade que, apesar da pouca idade, tem pulso firme e espirito empreendedor, tudo que a cidade precisa no momento.  O resgate das tradições e a volta do grande público para a Expo estão entre os grandes objetivos da comissão organizadora da Fernandópolis Expo 2013, que começa na próxima sexta-feira, 17.

 

CIDADÃO: Quando você foi convidado para comandar a Expo, quais foram suas perspectivas e seus temores acerca do convite? Este foi o maior desafio da sua vida?

Renato Colombano: Aceitei o convite com o coração aberto. Sempre quis trabalhar em prol da cidade de alguma forma. Reverter a renda da festa para a Santa Casa e o colocar a permanente familiar à disposição da população para que todos possam usufruir da festa, são algumas formas que a comissão organizadora e eu encontramos de fazer isso. Além disso, fizemos questão de resgatar algumas tradições como a volta do rodeio em cavalos, a Casa do Caboclo e a fazendinha. Quanto ao desafio, passamos por isso todos os dias, às vezes sem perceber, mas comandar uma festa como essa não é uma coisa qualquer, muitas coisas estão em jogo e contornar situações talvez seja o maior desafio.

 

CIDADÃO: Quando aceitou o convite, imaginou que haveria tantas dificuldades em relação à realização da festa e Câmara Municipal? Pensou em desistir?

Renato Colombano: A festa de Fernandópolis, que este ano fizemos questão que se chamasse Fernandópolis Expo 2013 para levar e divulgar nossa cidade por vários lugares, é conhecida nacionalmente. Pelo tamanho e proporção do evento, é claro que nós sabíamos que encontraríamos algumas dificuldades. Nada é fácil. As dificuldades que enfrentamos serviram como aprendizado. Hoje, consigo enxergar as coisas com outros olhos. A única coisa desnecessária nisso tudo é a falta de união. Se as pessoas se unissem pensando apenas no bem da cidade e de seus moradores, tudo ficaria mais fácil. Em alguns momentos, as atitudes de certas pessoas nos fizeram repensar, mas desistir nunca. Muitas coisas importantes estão em jogo nesse momento, como a ajuda para a Santa Casa, o compromisso com as famílias de nossa cidade. Em um lugar que existe trabalho e dedicação, não há espaço e nem tempo para administrar egos ou conflitos. Nós escolhemos correr atrás, mesmo com o tempo reduzido, e realizar uma bela festa.

 

CIDADÃO: É a primeira vez que você coordena um evento deste porte e tão cheio de estima como é a Exposição de Fernandópolis. Até o momento, quais foram suas principais dificuldades?

Renato Colombano: Eu sou empresário e a experiência que tenho é como administrador de minhas empresas. O que eu fiz foi levar para o comando aquilo que eu sei e aprendi ao longo desses anos. Quem comanda alguma coisa, seja uma empresa ou uma festa, sabe que o mais importante é colocar pessoas competentes ao seu lado, juntar o que cada um tem para oferecer de bom e trabalhar em equipe. Posso dizer que, durante esse tempo em que estou presidente da Fernandópolis Expo, encontrei pelo caminho pessoas valiosas e com muita vontade de ajudar. Claro que nem tudo é fácil, mas, quando a equipe é competente, tudo fica mais fácil. Encontrei no tempo o meu maior inimigo (risos). A festa é muito grande e precisa de tempo para organizar. Quem acompanhou de perto tudo que aconteceu sabe do que me refiro. Expositores, parceiros, agenda de shows, tudo isso precisa de tempo para ser organizado. É aí que entra mais uma vez o empenho de quem está ao meu redor. Estamos confiantes. É uma grande batalha entre o tempo e o trabalho. E nós estamos vencendo. Eu diria que o placar está favorável.

 

CIDADÃO: O que o público de Fernandópolis pode esperar de novo para este ano? Qual é o diferencial?

Renato Colombano: Para este ano não nos preocupamos muito com as novidades. O que mais nos incomoda é o afastamento das famílias, do grande público da festa. O nosso maior objetivo é devolver a festa ao povo e ajudar a Santa Casa. Estamos focados nisso. Mas, não descartamos em hipótese alguma a ideia de surpreender o público. Por isso, vale dizer que as pessoas vão gostar do que vão ver. Dia 17 já está aí! (risos)

 

CIDADÃO: A festa deste ano veio com a proposta de resgatar algumas tradições. Quais são?

Renato Colombano: Como eu já disse anteriormente e digo em todas as entrevistas que tenho concedido ultimamente, o maior resgate é do público. Junto com isso vem a participação da ACIF no pavilhão do comércio e indústria, a Casa do Caboclo e a volta da permanente familiar e do rodeio em cavalos. Quanto aos parceiros, muitos estão de volta, como é o caso do Mercadão dos Tratores, que é o representante da Waltra em Fernandópolis e da Arakaki Máquinas, representante da Massey Ferguson. O saldo é bastante positivo.

 

CIDADÃO: Como vocês pensaram na grade de shows? Qual foi o crivo estabelecido?

Renato Colombano: A grade de shows e o rodeio estão entre as principais atrações de uma festa como a nossa. No rodeio, fizemos questão de voltar com a competição em cavalos, com o cutiano. Agora, a grade de shows realmente é mais complicada de fechar. Primeiro que o nosso país é muito receptivo e aceita ritmos e batidas com muita facilidade, com isso, o leque de opções fica extenso. Além disso, o grande lance é escolher artistas que agradem o maior número de gente. Temos muita gente boa no mercado, mas o nosso tempo acabou ficando curto. Fora tudo isso, ainda queríamos oferecer uma grade de qualidade, mas sem exagerar nos valores pagos aos artistas porque, afinal de contas, a renda da festa é para a Santa Casa. Deu certo, conseguimos afinar bem as ideias e o resultado foi essa grade de shows de qualidade. Tudo feito com os pés no chão.

 

CIDADÃO: A comissão organizadora da festa pensou em favorecer apenas uma instituição, no caso a Santa Casa. As demais entidades entenderam as reais necessidades dessa escolha?

Renato Colombano: Perfeitamente. Se você pensar bem, todos nós seremos beneficiados. Infelizmente, não sabemos o dia de amanhã e todos nós estamos sujeitos a precisar dos serviços da Santa Casa a qualquer momento. Em 2003 e 2004 a renda também foi destinada apenas para uma instituição, a AVCC. Desta vez, todas as entidades serão beneficiadas através da comissão da venda de permanentes. Nossa cidade é muito solidária. Isso é visível através do sucesso dos eventos e campanhas beneficentes realizadas aqui.

 

CIDADÃO: A realização da festa e a escolha da comissão organizadora geraram um certo “ciúme” e conflito de interesses. Hoje, faltando tão pouco para a festa começar, como você avalia este cenário?

Renato Colombano: O cenário é bastante favorável. Não temos tempo para pensar em nada diferente que não seja o sucesso da festa agora. Estou aqui conversando com você e pensando em várias providências que ainda precisam ser tomadas. Estamos carregados de pensamentos positivos neste momento. Quem estiver pensando diferente, está sozinho.

 

CIDADÃO: O que a população pode esperar do Renato Colombano?

Renato Colombano: Quem é Renato Colombano? (risos). Enquanto estiver ocupando o cargo de presidente da festa, não responderei por nada individualmente. Somos uma equipe apenas com o objetivo de desempenhar nossas funções com seriedade, trabalho e dedicação. Sabemos do tamanho da responsabilidade que pesa em nossos ombros e não pretendemos decepcionar ninguém. Tenho certeza que o tempo que dispensamos até agora será recompensado com o sucesso da festa. A humildade é o nosso maior trunfo.