Sequini fala do sucesso do “Quarta Avenida”

20 de Agosto de 2025

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Sequini fala do sucesso do “Quarta Avenida”
Na sua bem-sucedida carreira de empresário, José Sequini Junior sempre evitou os microfones e os holofotes. Isso, porém, teve que ficar para trás. Ao assumir posição de linha de frente em projetos sociais da cidade, o discreto Junior teve que abandonar a modéstia e a timidez e aprender a lidar com a mídia. Ainda comemorando o enorme sucesso de vendas do empreendimento imobiliário “Quarta Avenida”, que em 15 dias vendeu todas as unidades, Junior analisa nesta entrevista as tendências do mercado e não deixa de falar da Santa Casa de Misericórdia, da qual foi provedor durante quatro anos. Assim como seu antecessor “Tom Zé” e seu sucessor Diomar Pedro Durval, o empresário comemora a realização da primeira cirurgia cardíaca do hospital.
CIDADÃO: A que você atribui o sucesso do empreendimento imobiliário “Quarta Avenida”?
JUNIOR: Acho que foi pelo fato de que a economia de Fernandópolis, da região e do Brasil passa por um bom momento. E também, graças a Deus, por causa da confiança que os fernandopolenses depositaram em nós, no nosso grupo, no trabalho que fizemos. Entendo que, como o brasileiro teve um aumento de renda significativo, ele tem hoje a oportunidade de investir. Um amigo me disse o seguinte: “Vocês não estão vendendo apartamentos: estão vendendo o melhor plano de aposentadoria privada disponível no Brasil”. Não existe banco em que você faça uma aplicação, um plano de previdência privada em que você deposite 70 parcelas de R$ 2 mil, que lhe dê no futuro uma renda vitalícia de R$ 600 e ainda mantenha intacto o patrimônio. Se olhar sob essa ótica – a de investimento puro – você verá que está cuidando da sua aposentadoria.
CIDADÃO: Vocês dispõem de alguma estatística sobre o percentual de investidores que adquiriram os imóveis e que tenham esse perfil?
JUNIOR: Sim. A grande maioria é constituída de investidores com esse perfil – a de garantir o futuro com essa espécie de “plano de aposentadoria”. Claro que há clientes que compraram para morar, ou para o filho morar, casais sem filhos, ou com poucos filhos; gente solteira. Há interessados cuja aspiração é um apartamento confortável, porém compacto. Hoje a vida é muito corrida, e as pessoas querem conforto e qualidade de vida, sem ter um monte de cômodos para fazer limpeza (risos).
CIDADÃO: Quanto tempo demorou a comercialização de todas as unidades?
JUNIOR: Nós fechamos as vendas em 15 dias. O empreendimento está 100% vendido.
CIDADÃO: O projeto que antecedeu o Quarta Avenida tinha outra concepção e não foi bem aceito. As características do mercado mudaram?
JUNIOR: Existem diversos nichos dentro do mercado. O que estamos atendendo são investidores que procuram o melhor custo-benefício no seu investimento, e também os solteiros, os casais jovens, os pais cujos filhos já casaram ou foram morar fora, que buscam reduzir despesas e o tempo gasto com manutenção e limpeza.
CIDADÃO: O Quarta Avenida tem apartamentos de 67 m2 e dois quartos. Será que esse investidor possivelmente não estaria pensando num consumidor chamado estudante? Aliás, ainda vale a pena construir para alugar para os estudantes ou esse mercado está saturado?     
JUNIOR: É claro que o estudante é levado em conta, mas em Fernandópolis não tem só estudante. Existe um mercado voltado para ele, mas pode ver que existe uma grande parte da população com potencial consumidor desses produtos: jovens solteiros que não querem mais morar com os pais; jovens casais; pessoas de fora que vêm trabalhar em Fernandópolis; e ainda aposentados, viúvos, que querem ter um canto próprio para morar, não querem morar com filhos, noras etc. Esse é um nicho com diversos tipos de consumidores. Nós procuramos atender a todos, com conforto e qualidade, sem esquecer de citar a boa localização do empreendimento.
CIDADÃO: A verticalização da construção civil veio para ficar em Fernandópolis?
JUNIOR: Existem vários projetos, não só verticais. Nós temos o condomínio “José Sequini”, compostos de casas. Além dele, nós temos, juntamente com o Grupo Arakaki, o “Sol Nascente”. Há nichos distintos de expectativa, até mais definidos pelo gosto, pela preferência, d que pela capacidade aquisitiva. Um condomínio horizontal é para quem geralmente tem crianças e quer mais espaço. O condomínio vertical é preferido por quem busca praticidade, além de proximidade com o centro da cidade. Esse consumidor busca a rapidez, a segurança e a funcionalidade.
CIDADÃO: A Secol Empreendimentos tem algum novo projeto imobiliário à vista, além dos que já estão em andamento?
JUNIOR: Temos outros planos em perspectiva, sim. Graças a Deus, hoje nós conseguimos montar uma estrutura que permite trabalhar em várias frentes, atendendo o público que busca qualidade, prazo definido e custo igualmente definido. Nós estamos fazendo esses apartamentos do Quarta Avenida, que são unidades de 67 metros quadrados, com dois quartos, sala de jantar, sala de TV, sacada, cozinha, área de serviço, banheiro, garagem para dois carros, dois elevadores, a um custo que, comparado a similares de outras cidades, é bem menor. Nossa filosofia é o preço justo e a qualidade da obra. Além disso, vamos entregar os apartamentos com piso de porcelanato esmaltado, com box no banheiro, armários da cozinha, fogão elétrico, ar condicionado split e armários embutidos dos quartos. Se alguém for construir algo assim, o preço vai ser bem maior. Quanto à sua pergunta, a resposta é: nós vamos realmente partir para novos projetos.    
CIDADÃO: Vou mudar totalmente de assunto, já que você é ex-provedor da Santa Casa de Fernandópolis. Como você recebeu a notícia da realização da primeira cirurgia cardíaca no hospital?
JUNIOR: Com muita emoção e alegria, porque foi o fecho de ouro de um projeto grandioso. Essa cirurgia cardíaca tem uma significação muito grande para todos nós. Quando fui provedor, e até antes de assumir, tínhamos o objetivo de transformar a Santa Casa, elevando sua qualidade de serviços ao nível da elite hospitalar brasileira. São poucos os hospitais onde é possível fazer uma cirurgia cardíaca com toda a gama de serviços que se faz necessária. A cirurgia exige muitos equipamentos, muitos detalhes, não é simples assim. Ainda mais numa cidade de 70 mil habitantes. Isso nos deu ainda mais satisfação. Hoje, são feitas cirurgias cardíacas em muitas cidades do Brasil, mas pouquíssimas cidades de 70 mil habitantes usufruem desse privilégio. Não tenho notícias de cidades do mesmo porte com essa infra-estrutura. A cirurgia de 12 de julho último foi a coroação de um trabalho conjunto do grupo da Santa Casa, desde a implantação do IaCor, da ressonância, da reforma das unidades, da UTI, do Centro Cirúrgico...Todo o trabalho desenvolvido nas gestões do Antonio José Zaparoli, do Dr. Diomar e na minha, capacitaram nossa Santa Casa para esse tipo de intervenção. É uma ação “de ponta” no segmento da cirurgia cardíaca. Não é só trazer o médico para operar: é ter a retaguarda que permite o sucesso da cirurgia. E tudo isso graças também ao trabalho da mesa administrativa, da diretoria, dos médicos e colaboradores.
CIDADÃO: O hospital-escola da Santa Casa sai ou não sai?
JUNIOR: Sai, sim! Com certeza! Isso vai na mesma linha de trabalho que ocorreu no caso da cirurgia cardíaca: é um trabalho de etapas, feito degrau por degrau. Não adianta querer pular: se pular, cai. É trabalhoso, sacrificante, mas com certeza dá muita satisfação. Certamente teremos o nosso hospital-escola. Não é para hoje, nem para amanhã, mas ainda veremos essa conquista.