No último domingo, 16, uma tentativa de homicídio colocou em xeque o projeto da vereadora Neide Garcia, já aprovado, que cria uma pista para apresentações e eventos de motociclistas.
Depois de uma discussão na avenida que passa pelos fundos do Parque de Exposições Percy Waldir Semeghini, onde motoqueiros de várias cidades têm se reunido nos últimos meses, alguns motoqueiros perseguiram um Gol com três passageiros e, em frente ao plantão policial da Avenida dos Arnaldos, um deles desferiu um tiro que atingiu de raspão a cabeça de um dos fugitivos.
Por causa disso, muita gente está acreditando que esses motoqueiros se encontram aos domingos na pista da vereadora Neide.
Não é verdade. Em outubro de 2010, o prefeito Luiz Vilar cedeu a área para a Associação de Motociclistas de Fernandópolis (AMF) desenvolver a prática de esporte e manobras radicais.
A conquista é uma antiga reivindicação dos motociclistas, que não tinham espaço para realizar eventos. O prefeito Luiz Vilar já entregou ao presidente da Associação de Motociclistas, Jamilton Silva Santos, o decreto que oficializa o uso da área, localizada ao lado do recinto da Expô, entre a Avenida Theotônio Vilela e Avenida Augusto Cavalim.
Segundo a vereadora Neide Garcia, o local atualmente é usado para estacionamento durante o mês de maio, quando acontece a tradicional exposição de Fernandópolis.
Há muita gente equivocada, pois a área que está sendo usada pelos motoqueiros não é a mesma do projeto. A área que foi destinada para eventos ainda está em construção, o local é de terra, mas o projeto envolve a construção de sanitários e arquibancadas, vai ser um local legalizado explicou a vereadora.
Em novembro, o presidente da AMF, Jamilton Silva Santos, enviou ofícios ao comandante do 16º BPM-I e ao juiz Evandro Pelarin, explicando que não está autorizada a utilização de qualquer avenida que circunda a Expô e que a AMF não tem nenhuma responsabilidade na utilização de tais avenidas.
Após sofrer um bombardeio de críticas, Neide explica que qualquer cidadão tem o direito de conhecer o projeto, mas que ninguém a procurou para esse fim: Se isso fosse feito, as coisas ficariam esclarecidas e não se cometeria tanta injustiça, lamentou.
