Adonai Cesar Mendonça é filho do primeiro alfaiate de Fernandópolis, José Mendonça, e de Amélia de Almeida Mendonça. Nasceu em Cachorro Sentado (hoje Prudente e Morais) e fez parte da Era Dourada do rádio em Fernandópolis, nos anos 60. O currículo de Adonai é incrivelmente extenso; por isso, e considerando que a entrevista igualmente foi longa, deixo ao próprio entrevistado a função de contar um pouco de sua vida às gerações fernandopolenses mais jovens. Os maiores de 50 anos certamente se lembrarão do grande locutor, de voz empostada e elegante, que marcou época na Cultura e na Educadora. (Vic Renesto)
CIDADÃO: Você cursou o primário no antigo GEJAP, e depois o Ginásio Estadual de Fernandópolis. Quem eram os seus colegas na época?
ADONAI: Bem, do GEJAP não tenho lembranças de amigos, mas lembro-me que uma das minhas professoras, dona Edith Roquette. O Diretor do GEJAP era Olívio Araujo. Desse diretor, me lembro que, em certa ocasião, fui gentilmente convidado por uma professora para ficar de pé, no corredor que dava para as salas de aulas, talvez para ver a paisagem; de repente, vejo o sr. Olívio vindo em minha direção com uma lata de azeite (penso que seja) em uma das mãos e, gentilmente, sem uma palavra, me fez sentir a textura do metal na cabeça. Fiquei tonto com tamanha aula de artes. Coisas de crianças. Do ginásio, lembro de alguns amigos. Posso errar seus nomes e, assim darei algumas dicas para identificá-los: o Possari (louco por caminhão e parece que tinha uma churrascaria na saída para a Brasilândia), O Wilson Mantovani, cujo pai tinha um bar na Rua Brasil, perto da Ótica Fernandes, e nesse bar, fazia-se o melhor sanduiche de carne moída. O Edgar Alberto Senra, (filho do Dr. Alberto, grande médico da cidade), o Cizinho (Moacir Ribeiro Filho da Rádio Cultura), O Dinti Sano (Acho que hoje é médico aí em Fernandópolis), e o Armandinho Farinazzo (que foi prefeito). De professores, o Armando, o Ildefonso, o Albano, e outros. O diretor era o Sergio Cavariani. O ginásio ficava na Avenida da Brasilândia, que tinha duas pistas separadas por um imenso canteiro de capim napier. Lembro-me ainda que o inspetor de alunos era o Goiano, aliás, Augusto Goiano, cunhado do Cizinho e do Jorginho da Rádio Cultura e também radialista. Goiano era dono de uma das vozes mais lindas que já ouvi. O Secretário do Ginásio Estadual era o Dorival Machado que era irmão do Chiquito, o Francisco Machado, um visionário do rádio Fernandopolense, além de músico (baterista) e jornalista. Lembro-me também, que foi neste período de GEJAP e Ginásio que tive um interesse maior pela música, embora estudasse acordeom com um dos padres da Igreja Santa Rita. Foi no GEJAP que me tornei escoteiro e tocava caixa de repique na fanfarra, aliás, neste quesito, Fernandópolis tinha grandes fanfarras, destacando a dos escoteiros do GEJAP, brilhantemente conduzida pelo Prof. Fernando Garcia, um excelente pistonista. Outra de grande importância foi a fanfarra da Escola do Comércio, com seus integrantes todos moços, pois estudavam à noite e trabalhavam durante o dia. Acho que era conduzida por um jovem da família dos Angelucci. O problema com esta fanfarra era a hora que tinham para ensaiar. Como trabalhavam durante o dia, ensaiavam muito cedo, mas muito cedo mesmo, a ponto de acordar diversas famílias fernandopolenses, que não estavam dispostas a entender o fato, e nem apreciar esta arte musical em troca de algumas horas de sono. Com a influência do Prof. Fernando Garcia, comecei a tocar também o piston na banda dos marianos. Lembro-me que nesta banda tocavam, entre outros, o pai do Valtinho, locutor de rádio e depois trabalhou na Caixa Econômica, o Bigode, com seu baixo tuba, o Zé Ariranha, famoso pelos seus causos de duvidosa veracidade, e o Prof. Fernando.
CIDADÃO: Como foi que você virou locutor de rádio? É verdade que você trabalhou no serviço de alto-falante? Onde funcionava esse serviço?
ADONAI: Quando adolescente eu ia até a alfaiataria de meu pai, na Rua Brasil, e em cima do Bar do Cinema, ao lado do Cine Santa Rita, que era do Primo Angelucci, havia um serviço de alto-falantes chamado Repórter de Fernandópolis. Pertencia à Organização FRAMA de Publicidades, do Chiquito, e localizava-se no pavimento superior do prédio das Lojas Riachuelo, defronte ao jardim. Inovava o Chiquito, pois, além de ter alto-falantes em todos os cantos da praça, ainda havia outros: um em cima da fábrica do Ferrari, na Avenida 8, outro perto da Munheca, e outros que não me lembro mais. Inovava também pelo equipamento que tinha: amplificador de última geração. Trabalhavam lá, se não me engano, o Valtão, que depois foi para o Banco do Brasil, e o Valtinho, que já mencionei, e em outra época o Edio Alves, que depois também foi para o Banco do Brasil. Lembro-me de dois fatos acontecidos com o Repórter: o Dr. Pacheco, político da época, não sei por que, talvez se desentendesse com a Rádio Cultura, e não tinha onde falar sobre a sua campanha, o Chiquito abriu as portas de seu serviço de alto-falantes para que ele pudesse fazer seu discurso. Outro fato é que a Organização FRAMA de Publicidades trouxe algo novo para Fernandópolis, em cima do prédio novo (o velho pegou fogo) do Sr. Seixas, defronte ao jardim, projetava slides com propaganda das lojas do comércio. A novidade é que os slides continham imagens. Nesse incêndio queimou-se também a loja de conserto e venda de rádios do Carmino Stelucci, aquele do bar, acho que Bar Heliar, com uma bela cervejinha gelada. Mas então, ouvindo o Repórter, eu ficava fascinado e logo pedi ao Chiquito uma chance de ser locutor e fui atendido, porém fiquei por um bom tempo, com a Repórter desligada, no período da tarde, período que não funcionava, lendo as propagandas ao microfone, este sim ligado, porém apenas internamente. Logo estava no ar, diretamente para o jardim. Após um bom tempo, a Rádio Cultura precisando de locutores, me recrutou, e passei a fazer horário no período da noite e depois no período da tarde. Assim que a Educadora inaugurou fui fazer parte do seu cast.
CIDADÃO: Quais as lembranças que você tem dos colegas de rádio da época? Quem foram seus parceiros naquele período?
ADONAI: Da Rádio Cultura, tive um grande mestre: Mauro André. Tem uma grande voz. Como vocês sabem o Mauro é o compositor da música Fernandópolis. Outro grande companheiro era o Cizinho. Nos intervalos dos horários de locução, íamos para a sala de sua casa, onde havia um piano; fazíamos uma sessão de música, ele no piano e eu com meu acordeão. Outra grande voz foi a do Jonacir de Carvalho, compositor ao lado do Mauro da música Fernandópolis; além de locutor era um excelente cantor. Cantava no conjunto do Chiquito que tinha palco cativo nos bailes do Fernandópolis Esporte Clube, o famoso FEC, com seu diretor social, o Lucio Burguer, que tinha uma loja de sapatos na Rua Brasil, chamada Casa Douglas. A Cultura fazia um rádio comportado, creio, pelo fato de não haver concorrência e assim não havia uma motivação maior, mas com a vinda da Rádio Educadora, comandada pelo Chiquito, o panorama mudou. A Educadora apresentou um rádio moderno que na época era compatível com as rádios de São Paulo. Em sua programação havia programas com a participação do ouvinte pelo telefone. A Educadora trouxe duas feras do rádio para Fernandópolis: Joel Alves, ex-marinheiro, voz impecável e excelente cultura. Lembro-me dele traduzindo, se não me engano, ao vivo, um discurso do Kennedy em uma dessas crises que assolou o mundo. E, a outra fera, o Marcos Alberto, nascido Sebastião Marcos Felipe, o Marcão. Versátil, fazia de tudo no rádio: locução, programa de auditório, narrava futebol, fazia humorismo, e, coisa rara no rádio fernandopolense: escrevia. Além de tudo e se só isso não bastasse, Marcão era o professor e conselheiro de modo de vida para nós, jovens radialistas da época. Marcão, escrevia, dirigia, e atuava como ator em um dos grandes sucessos da época que era uma novela semanal chamada Luar do Sertão. Gostava de fazer sempre um matuto inocente, o Cesar Filho era sempre o mocinho da trama, eu sempre o bandido que maltratava e morria no final, e a Amélia Rosa, a mocinha. Grande audiência. Havia também a Escolinha do Papai Dodô, onde o Marcão fazia, ao vivo, concomitantemente, inúmeras vozes diferentes de personagens diferentes. O professor era o Chiquito. Tínhamos um programa de poesia, onde o Marcão, com sua sensibilidade, dava banho de interpretação, e, sou grato por isto, permitia que eu também interpretasse algumas dessas poesias. Sabíamos que o Leão (o que foi Prefeito de Fernandópolis), nesse horário ligava o rádio para nos ouvir. O Joel fazia, aos domingos, um programa de bolão esportivo, onde os ouvintes ligavam para a rádio e dava o seu palpite e no final havia prêmios. O curioso é que esse programa não tinha música. Uma hora e meia de locução sem parar. Quando o Joel foi para a Alemanha (para a Rádio Colônia, se não me engano), fiz o programa. Eu e o Cesar Filho fazíamos um programa de auditório no Cine Fernandópolis, aos domingos de manhã, e lotava. Nossas atrações eram gente da cidade, mas a grande atração era o Detefon, um homem simples que gostava de cantar músicas mexicanas, mas não falava uma palavra de espanhol. A Amélia Rosa, grande amiga, exercia o ofício com elegância, delicadeza e seriedade; mostrava a sociedade da época em Fernandópolis, cobrindo todos os eventos sociais e era querida e respeitada pela sociedade. Lembro-me do Ivo Fernandes, com uma dicção impecável e uma das mais belas vozes do rádio fernandopolense. E, outro, por injustiça minha, não me lembro do nome de outro colega, mas fazíamos o Jornal Falado, às 12 horas, diariamente. Uma grande voz, própria para noticiários, gabava-se de ter voz de negro apesar de loiro. Deixou o microfone e foi administrar uma empresa de ônibus, que acabara de comprar junto com alguns empresários da época. Infelizmente fiquei sabendo de sua morte prematura. Outros companheiros que ajudaram a consolidar o rádio fernandopolense: O Matinê, o Carlão Batistela, o Édio, o Corsini, o Wilson que era professor, O Prata, que falava na Cultura, enfim, uma grande constelação. Não posso me esquecer do Yoshio, um misto de técnico de som e inventor; construía qualquer aparelho para ser utilizado nas mais diversas necessidades que a Educadora necessitasse. Nós o chamávamos de Prof. Pardal.
CIDADÃO: Por que você saiu de Fernandópolis?
ADONAI: Esgotaram-se todas as possibilidades de estudos em Fernandópolis. Havia feito o antigo curso normal, e não estava interessado em ser contador; esses eram os dois únicos cursos que existiam na cidade. No rádio também as possibilidades se reduziram, pois havia somente a Cultura e a Educadora. Estava diante do drama de muitos jovens fernandopolenses: ficar ou ir à busca de desafios maiores. Juntei meus 100,00 não sei de que moeda e fui para São Paulo. Morei, primeiramente com uma tia e posteriormente em pensões. Trabalhei no Banco Auxiliar até terminar um curso de Técnico de Laboratório, que me permitiu estudar. Entrei para a Faculdade de Matemática e em seguida na docência estadual. Daí seguiu-se o estudo, a militância cultural e política em plena vigência da ditadura militar. Segue-se a decepção na época com as questões ideológicas que determinavam as normas que organizavam as decisões no âmbito da educação no Estado; deixei o ensino público estadual e fui para a iniciativa privada, mantendo-me na docência do ensino municipal. Cursei Pedagogia, Pós-Graduação em Administração Escolar, e me aposentei como professor universitário; faço Mestrado em Educação, me divorcio, mudo de São Paulo, volto a trabalhar; através de concurso vou para Itapetininga, encontro minha companheira atual. Faço Doutorado em Educação, na USP de São Paulo; assisto a inúmeros congressos, publico alguns artigos e vamos, eu e a companheira, para Barretos, onde fui supervisor de ensino e, novamente por concurso, mudamo-nos para Limeira. Hoje trabalho como Agente de Desenvolvimento Educacional.
CIDADÃO: O que a Matemática representa na sua vida?
ADONAI: Foi a grande ferramenta para o inicio da minha vida acadêmica. Com o aprofundamento dos estudos, fui percebendo a beleza que havia por detrás de toda a sua aridez. A ordem, a harmonia, as construções de raciocínios me fascinaram, porém fui influenciado por uma forte dose de racionalismo, que me impedia de ver a beleza do acaso, a profundeza da natureza da qual fazemos parte, o elo que nos une a ela e o sentido de unidade entre tudo que existe no Universo. Decerto, esse racionalismo foi aos poucos cedendo, porém não de todo e agora ele convive com essa idéia mais espiritual e esotérica que é a de que o Universo tudo nos provê, e que somos parte de Deus, criados à sua semelhança, e, portanto capazes de nos ajudarmos mutuamente, homens e natureza. Daí, a matemática que penso está mais próxima dos homens e de Deus. Em parte, o racionalismo cedeu porque, na verdade, sou oriundo de um lar espírita, e essa formação sólida estava apenas temporariamente esquecida, talvez para que o racionalismo se instalasse, e assim, na mediação entre o racionalismo e o espiritual, o fanatismo estaria dispensado.
CIDADÃO: E as técnicas orientais como o Reiki e o Shiatsu, que você também admira?
ADONAI: O Reiki é uma energia que se obtém no Universo, de Deus, através da manutenção de um estado físico, mental e espiritual altamente favorável e, assim, você pode através de você mesmo, levar ao seu semelhante a energia Reiki que pode acolher, trazer conforto, paz e cura. É estudado em três níveis, sendo o último o mestrado. Sou Mestre Reiki. É uma concepção oriental, que encontra aqui no ocidente seus assemelhados, como o passe, o jorehi, a benção com as mãos, que não são privativos de nenhuma religião. Antes de conhecer o Reiki, conheci o passe no centro espírita que meu pai freqüentava. Era o centro espírita dirigido pelo Sr. Bento, um pedreiro abnegado que dedicava sua vida aos seus filhos e à religião espírita. Um de seus filhos era o Adãozinho, que era jogador de futebol. Esse Sr. Bento e meu pai, o José Mendonça, encabeçaram, juntamente com algumas pessoas importantes na vida fernandopolense, a construção da Mei-Mei. Quanto ao Shiatsu, uma massagem que utiliza os pontos de acupuntura, juntamente com a Reflexologia, Cromoterapia, Florais, Aromatologia, Fitoterapia, e outros, fazem parte de outra formação que venho obtendo para dar conta, principalmente, de uma qualidade de vida que paulatinamente desejo ter, juntamente com minha companheira, nessa nossa caminhada terrena.
CIDADÃO: Atualmente, você coordena um projeto na prefeitura de Limeira cujo objetivo é zerar o analfabetismo no município. Como é esse programa?
ADONAI:É o Programa Ler e Escrever, que é uma intervenção pedagógica, junto ao professor e seus alunos, na gestão da escola e na formação dos profissionais. Essa formação tem o conceito de formação em serviço, tendo como locus a escola. Supõe encontros quinzenais com os Professores Coordenadores das CEIEF e EMEIEF, que por sua vez desenvolverão um planejamento nas escolas, com os professores, para o seu trabalho em sala de aula, envolvendo estratégias metodológicas para que eles tornem-se capazes de articular o ensino à aprendizagem dos alunos, e, ainda, para eleger conteúdos adequados para subsidiar o trabalho dos professores. Prioriza a Leitura e a Escrita.
Ele abrange todo o Ciclo I dos ensinos de 9 anos e de 8 anos da Rede Municipal de Educação de Limeira. Institui as 3ª e 4ª séries PIC (Programa Intensivo de Ciclo), por meio de uma metodologia específica e direcionada a alunos que ainda não estão alfabetizados. É um programa pedagógico da Secretaria Estadual de Educação, conveniado pela nossa Secretaria Municipal de Educação de Limeira.
CIDADÃO: Você tem saudade do rádio? Se estivesse na profissão hoje, que tipo de programa faria?
ADONAI: Sim, tenho saudade. Mas, é uma saudade isenta de saudosismo. Sei que a evolução da sociedade determina algumas variáveis ligadas ao tempo como, por exemplo, a adequação. Um determinado desempenho profissional é apropriado para determinada época e para outras não, e alguns de nossos colegas que foram verdadeiros talentos e determinantes para que o rádio fernandopolense atingisse um grau de desenvolvimento ímpar, não suportaram as mudanças acontecidas e se tornaram prescindíveis. É o que vejo no campo profissional do rádio brasileiro, comparando-se os anos de ouro do radio com a época atual. É claro que as condições tecnológicas e artísticas eram outras naqueles anos. Exigia-se de locutores algumas habilidades que hoje já não são importantes, pois a sociedade assim determina: locutor tinha que ter voz bonita e potente, pois os microfones não eram tão sensíveis como os de agora. Havia um padrão de voz da época, impostada, dicção perfeita, interpretação impecável (Luiz Jatobá, Heron Domingues, Manuel Barcelos, Gontijo, Cid Moreira, mais recentemente, mas não muito, Humberto Marçal, Enzo de Almeida Passos e outros) O objeto do rádio era o entretenimento, assim os musicais, humorismo, auditórios, novelas, e, é claro, os noticiários. Hoje, estas condições não são mais importantes, mas, vejo que falta o que se exigia nos anos de ouro: maiores exigências com essa arte. Falta, a meu ver, maior cuidado com a locução, principalmente nas FM; alguns de nossos colegas falam como se fora para surdos, numa gritaria incompreensível. Para a produção musical veiculada então, traz mensagem cultural e artística duvidosa, algumas até perniciosas para nossos jovens e, acreditem, até crianças de nossas pré-escolas, onde letras maliciosas são transmitidas através de ritmos marcantes e dançantes demais, porém com música e acordes que, tenho certeza, que o maestro Tom deve estar exercendo sua espiritualidade no Universo com certo aborrecimento quando ouve algumas produções musicais aqui da velha Terra. Tudo isto não me qualifica para voltar ao rádio, mas, gosto de revista radiofônica (penso em AM), num horário cujo horário atinja as mulheres donas ou trabalhadoras de casa, antes do almoço; horóscopo, poesia, mensagens de auto-ajuda, receitas, dicas para problemas domésticos, dicas sobre animais domésticos, filmes, novelas, dicas sobre a cidade, o santo do dia, histórias emocionais, campanhas de ajuda a pessoas ou entidades necessitadas, repórteres externos em campo e música boa. Não tenho idéia sobre a adequação desse programa à sociedade de hoje.
CIDADÃO: Há quanto tempo você não visita Fernandópolis? Acha que a cidade cresceu conforme suas expectativas?
ADONAI: Estive em Fernandópolis há pouquíssimo tempo, em visita aos meus familiares e também ao grande amigo Cesar Filho, aliás Alencar Scandiuzi. Em visita ao seu apartamento, fomos recebidos, eu e a Soninha, com muita alegria pelo Cesar e a Ivanice. Um belo jantar, boa conversa, e algumas cervejas. Quanto a Fernandópolis, tenho acompanhado o seu desenvolvimento. Seu crescimento é considerável, tornou-se uma cidade moderna, universitária, e bastante agradável.