A partir de segunda-feira, a Prefeitura de Fernandópolis dará início a uma Campanha de Combate à Violência contra a Mulher. O objetivo é reduzir o índice de 600 mulheres agredidas em Fernandópolis.
Um encontro será realizado nesta quarta-feira, 25, na Câmara Municipal, das 8h às 12h, para discutir o tema. Haverá uma palestra com a antropóloga Júlia Moita e com diversos profissionais do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).
De acordo com a coordenadora do CREAS Fernanda Toscano, o número de atendidas pelo Centro de Referência é de aproximadamente 30 mulheres. A maioria chegou até lá através de denúncias anônimas através do disk-denúncia do CREAS/Sentinela: 0800 770 66 96.
As mulheres têm medo de denunciar, preferem tentar uma reconciliação ou esperam que o marido ou filho mude a conduta. Outras dependem emocionalmente e economicamente do marido, por isso não denunciam. Então, a maioria dos casos que atendemos vem através de denúncia anônima. Poucas são as que nos procuram espontaneamente, disse.
As mulheres que aceitam o tratamento pelo CREAS são auxiliadas por três profissionais da área jurídica, assistencial e psicológica. Há também trabalhos em grupos.
Sobre o dia 25 de novembro
O Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher é um dia para lembrar, protestar e mobilizar contra a violência à mulher. A data foi escolhida para lembrar as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo na República Dominicana. Em 25 de novembro de 1991, foi iniciada a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher, que propôs os 16 Dias de Ativismo contra a Violência contra as Mulheres, que começam no 25 de novembro e encerram-se no dia 10 de dezembro, aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 1948.