Falar de pessoas que amam Fernandópolis e não falar de Elaine Araújo Silva é pular parte da história. Elaine, ao lado de outras pessoas como: José Antônio Alves da Silva (Zecão, seu marido), Merciol Viscardi, Julio Semeghini, Vic Renesto e tantos outros, foram os precursores do que há de melhor no aspecto cultural da cidade.
Se os jovens de hoje têm um teatro aconchegante para assistir a uma peça ou mostra cultural é porque esse grupo pagou o preço de reivindicar e nunca desistir diante das adversidades, que não foram poucas.
Fernandópolis não tinha faculdade naquela época, todos que queriam fazer um curso superior tinham que ir para outra cidade. Eu, por exemplo, estudava em Jales. Quando chegava a época da Semana Universitária que era realizada em julho fazíamos questão de que fosse realizada em nossa cidade. Chegamos a trazer grandes artistas como Tom Zé, João Bosco, Grupo Tarancón, Conjunto Atlântico; escritores como Plínio Marcos, Fernando Moraes e outros. O dinheiro nós conseguíamos através de vereadores, por meio de parlamentares e tínhamos também uma boate para angariar fundos. As garçonetes éramos nós mesmas, os rapazes trabalhavam na cozinha e na copa. Foi muito boa essa época, disse.
Elaine e Zecão despertaram o amor pela cultura não só em muitos jovens da época, mas também em seus próprios filhos: Ana Carolina, Rafael e André. Quando meus filhos eram pequenos, nós desligávamos a televisão no horário nobre e aproveitávamos aqueles momentos para a leitura de bons livros e para ensinar músicas. Como, por exemplo, os dois hinos de Fernandópolis, que eles hoje sabem de cor. Pois além de sermos apaixonados por cultura, também amamos nossa cidade. Aqui em casa somos todos bairristas mesmo. Quero que meus filhos construam a história de vida deles aqui, afirmou.
Elaine que é formada em Educação Artística, Pedagogia e possui pós-graduação em Formação de Formadores se sente orgulhosa em poder comemorar os 70 anos de Fernandópolis e saber que contribuiu de alguma forma para o crescimento do município.
O maior sonho dela é poder um dia ver todos os seus filhos constituindo suas famílias em Fernandópolis e saber que se sentem felizes e realizados. O segundo, é ver estampado nas manchetes dos jornais, que as escolas públicas da cidade são modelo de qualidade no ensino.